Já lá vai uma semana onde se sublinhou que a areia nos olhos não é sinónimo de cegueira, apenas estado de sonolência. Foi assim que aqueles que derrubaram o regime em 74 pensaram sair do buraco, ou tapá-lo. Ontem liberalismo, o capitalismo também se diz de ontem, hoje é “tapa buracos”, gerúndios do passado. E o amanhã? Provavelmente raposa velha, que não morre, vira jibóia esguia e escorregadia, ou então tubarão fumado de água amarga. Hoje 1 de Maio, do tempo contemporâneo, aquele de mão pesada que serve batata quente em praça, manifestação violenta de feriado mal passado, faz-se homenagem à luta sindical. Como vimos hoje na Turquia, França, Grécia, Alemanha, e para não parecer demasiado cientifico deixo um etc….
Mais do que nunca, tempo de censura real, tempo de despiste eminente sobre nobres e sua explicação mágica, como razão de “fenómenos temperamentais”. Quem faz os heróis? Quem a eles se refere, correcto. O querer da pátria é tudo uma outra coisa. Provavelmente quanto a nós, Tina tinhas razão! não precisamos de um outro herói, até porque já temos o do Restelo, ontem conservador, hoje realismo inevitável.
Deixo-vos uma nova série de desenhos, intitulada de “A revolta dos nobres”. Nos tempos que correm todos precisam de grandes épicos, já viram “os miseráveis” através de Susan Boyle?